Quanto custa um amor?

Ariadne L.

 

Disclaimers

Copyright: Nenhum em relação a utilização de personagens. Essa é uma estória Uber, portanto as personagens são minhas guardando apenas algumas características básicas das personagens de um certo show de tv.

Plágio: Esta Fanfic é uma cópia desavergonhada de uma estória que li a muito tempo publicada pela Abril Cultural em sua série Sabrina chama “A Ilha dos Desejos” (Beware the Beast) de Anne Mather, publicada pela primeira vez em 1976. A situação em bloco é a mesma, bem como várias cenas da referida estória, mas como não poderia deixar de ser a situação principal foi completamente modificada e rearranjada já que esta Fanfic trata da relação entre duas mulheres e não entre um homem e uma mulher.

Sexo: Se os deuses permitirem, muito.

Hurt/Comfort: Muito, reprimido, algum manifestado.

Violência: Nenhuma.

© 2000 Ariadne L.

Comentários construtivos devem ser enviados para ariadne_l@hotmail.com

Capitulo I
Parte 4

Letícia ficou sem fala por alguns instantes. Aquela definitivamente não era a imagem que havia formado da tal Alexia. Ela era muito alta, tinha os cabelos escuros, quase pretos que usava soltos até o meio das costas. Tinha uma aparência agradável, mas o que mais sobressaia de toda a figura eram os profundos olhos azuis, que por alguma razão a fizeram lembrar da sensação de seus sonhos.

– Venha, deixe-me ajuda-la – disse Alexia estendendo a mão.

A moça começou a estender a mão, ainda sob o impacto da surpresa, mas rapidamente a retirou, como se dando conta que ela não deveria ser agradável, com aquela mulher.

– Obrigada, mas eu posso me arranjar sozinha – disse ela com uma frieza ensaiada enquanto se dirigia para a escada do outro lado da piscina. Ela subiu os degraus, e ciente do exame que os olhos da mulher estava fazendo sob seu corpo, pegou rapidamente a toalha colocando-a em sua cintura.

– O que você está fazendo aqui?

– Uma pergunta desnecessária, já que foi você mesma que solicitou minha presença, e eu teria vindo antes, mas eu tive que resolver alguns problemas urgentes. De qualquer forma, eu iria procura-la em breve. Nós temos alguns assuntos a tratar.

A moça engoliu em seco, imaginando no que teriam que falar, e disse.

– Tudo bem, vamos para a biblioteca. Lá nós poderemos conversar com alguma reserva. Me dê só um tempo para trocar de roupa.

– Porque mudar de roupa? Você está muito bem assim – disse Alexia enquanto olhava para a parte superior do corpo da outra, que usava um minúsculo biquíni que deixava uma boa parte exposta.

– Eu te acompanho até a biblioteca – disse Letícia, tentando não corar diante da outra, fingindo que não tinha ouvido o comentário e nem percebido o olhar que era definitivamente guloso. “Oh céus!”

As duas foram até a porta da biblioteca. Abrindo a porta e deixando que a outra entrasse, Letícia disse em voz baixa: – Eu já volto. E correu para o quarto.

“Droga! Droga! Droga! O que eu faço agora? O que eu falo?” Pensou Letícia enquanto tirava o biquíni molhado e colocava a mesma roupa do dia anterior, afinal a idéia era não parecer muito interessante, não era?

Alexia não era definitivamente o que Letícia esperava. A mulher era definitivamente linda. Não era? Sim, era sim, mas nem por isso a situação melhorava. Ela ainda não queria fazer nada daquilo. “Que droga!” pensou Letícia saindo do quarto.

Entrando na biblioteca decidida, Letícia falou:

– Eu não sei o que você pretende com esse contrato, mas seja lá o que for eu não vou fazer!

– Claro que vai Letícia. Isso nem está em discussão. Eu estou aqui apenas para discutir os detalhes.

– Acho que você não está levando uma coisa importante em consideração...

– E o que é que eu não estou levando em consideração? – Perguntou Alexia com um tom de divertimento na voz.

Letícia corou até a raiz dos cabelos, e tentado manter a voz firme falou quase num sussuro:

– Eu não sou lésbica.

– Mas eu não estou interessada em sua opção sexual!

– Como assim não está interessada? Você quer que eu me relacione sexualmente com você e não está interessada que eu não queira me relacionar com mulheres?

– Ah, mas eu não estou dizendo que você que se relacionar com mulheres...

– Não?!

– Claro que não! Só comigo. – disse Alexia com um sorrisinho malicioso.

– Não tem a menor graça! Eu estou tentado levar esse assunto a sério e você fica fazendo piadinhas?

– Você tem razão Letícia, me desculpe, mas eu realmente não estou interessada em suas preferências sexuais. Nós temos um contrato assinado, onde você se compromete a algumas coisas, e eu vou fazer tudo, absolutamente tudo que o contrato me dá direito.

Letícia empalideceu e resolveu tentar outra coisa.

– Você tem uma boa aparência, é uma mulher rica, por que você iria querer ficar com uma garota boba e sem graça quando pode ter qualquer uma que desejar. Eu tenho certeza que devem existir muitas mulheres interessantes prontas a se jogar a seus pés ao menor movimento de sua parte.

– Em primeiro lugar Letícia, eu não estou interessada nas mulheres, como você diz que se atirariam aos meus pés. Esse tipo de mulher nunca me interessou. E em segundo lugar para que eu iria procurar alguém quando já tenho você –  E deixando que seu olhar percorresse todo o corpo da moça na sua frente Alexia continuou – E você não é boba ou sem graça definitivamente. E, muito obrigado pelo cumprimento a minha aparência. Posso ver que não sou totalmente repugnante...

Letícia começou a perceber que não conseguiria demover Alexia de suas intenções e começou a se sentir realmente desesperada.

– Você não pode realmente esperar que eu vá fazer todas essas coisas! Eu não quero gerar filhos para ninguém, e definitivamente não quero ter nenhum contato com você.

Alexia, não mexeu nem um músculo. Apenas continuou como se não tivesse sido interrompida, não dando a menor importância ao que a moça acabara de dizer.

– Como você deve ter sido informada, eu não moro aqui, tenho um apartamento aqui, como em várias outras cidades em redor do mundo, mas minha casa é numa pequena ilha de minha propriedade no Egeu. Você poderá vender essa casa ou não, você decide o que achar melhor...

– Como assim eu posso vender essa casa? Pelo que eu entendi, você é dona de absolutamente tudo!

– Eu não estou interessada nessa casa ou em nenhum bem deixado a você por seu pai. Nada aqui – disse Alexia fazendo um gesto amplo para mostrar a sala onde estavam – é meu. Você é minha. E quanto a este ponto não há discussão. Você é minha. Entendeu?

Mas uma vez Letícia engoliu em seco sem saber como responder àquela mulher. Ela parecia feita de aço. Nada parecia comove-la.

Alexia continuou:

– Para todos os efeitos você vai ser minha esposa. E se fosse realmente possível nós iríamos nos casar. Existem vários países onde esse tipo de casamento é possível, mas ele não é aceito em todos os lugares, então nem vamos perder tempo com isso. Você terá os direito e deveres de uma esposa, e irá me acompanhar dentro de dez dias a minha casa. Você vai morar lá comigo até que todas as clausulas de nosso contrato sejam cumpridas. Você poderá continuar seu curso na Universidade de Atenas, ou se não quiser poder fazer absolutamente nada. Depois você poderá escolher onde morar, e eu a visitarei quando quiser. Afinal, depois de gerar meus filhos eu acredito que você queira ter algum contato com eles...

– Eu não acredito que você vai me obrigar a fazer todas essa coisas...

– Por que não? Você assinou um contrato, eu estou apenas explicando como tudo isso vai funcionar. Você vai ser minha esposa e vai gerar meus filhos.

Letícia abaixou a cabeça e começou a chorar. Ela não pretendia chorar, não na frente daquela mulher que parecia não ter sentimentos, mas tudo aquilo era realmente demais para ela.

Com o rosto entre as mãos, Letícia não viu a expressão de preocupação no rosto de Alexia. Ela queria se aproximar da moça, ela realmente queria abraçá-la e confortá-la. Mas Alexia tinha decidido uma linha de ação e mesmo se sentindo muito mal diante do choro da outra ela não iria mudar de idéia, Agora não. Ela esperou pacientemente até que o choro de Letícia cessasse, lutando todo o tempo contra o impulso de abraçar a moça.

Depois de algum tempo Letícia levantou a cabeça e olhou nos olhos de Alexia. Por um breve instante, Letícia teve a impressão de ver um brilho diferente nos olhos da outra. Mas logo o azul estava outra vez implacável.

– Eu... eu não sei... se  consigo fazer essas coisas todas. Eu realmente não sei se vou conseguir.

– É claro que consegue. Não há com o que se preocupar. Você irá comigo para casa e eu tenho certeza que você logo irá se acostumar a essa idéia.

Letícia não falou nada.

– Eu vou precisar viajar por esses dez dias, e você terá esse tempo para decidir o que vai fazer com a casa, com a empresa de seu pai, com seus assuntos pessoais e arrumar sua bagagem para mudar para uma nova vida. Eu estarei aqui daqui há dez dias para te encontrar.

– Acho que não temos mais nada a dizer, não é mesmo? Se você não se incomodar eu prefiro ficar sozinha agora.

– Eu já estou de saída, não precisa me acompanhar, eu sei o caminho. Lembre-se apenas de estar com tudo pronto para me acompanhar no dia 25. Eu ou um de meus assistentes entraremos em contato para dar maiores detalhes. Tenha um ótimo dia Letícia, até breve.

Letícia, não se levantou, não olhou para a mulher e não se mexeu. Alexia saiu da biblioteca sem olhar para trás, deixando a moça sozinha, como era o seu desejo.

continua no Capítulo II parte 1 (qcua05)

 

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