Quanto custa um amor?

Ariadne L.

 

Disclaimers

Copyright: Nenhum em relação a utilização de personagens. Essa é uma estória Uber, portanto as personagens são minhas guardando apenas algumas características básicas das personagens de um certo show de tv.

Plágio: Esta Fanfic é uma cópia desavergonhada de uma estória que li a muito tempo publicada pela Abril Cultural em sua série Sabrina chama “A Ilha dos Desejos” (Beware the Beast) de Anne Mather, publicada pela primeira vez em 1976. A situação em bloco é a mesma, bem como várias cenas da referida estória, mas como não poderia deixar de ser a situação principal foi completamente modificada e rearranjada já que esta Fanfic trata da relação entre duas mulheres e não entre um homem e uma mulher.

Sexo: Se os deuses permitirem, muito.

Hurt/Comfort: Muito, reprimido, algum manifestado.

Violência: Nenhuma.

© 2000 Ariadne L.

Comentários construtivos devem ser enviados para ariadne_l@ig.com.br

Capitulo II
Parte 6

Foi no final daquela tarde que Letícia recebeu uma visita muito especial. Ela estava em sua saleta tentando ligar os cabos do computador que Alexia havia mando vir para seu uso pessoal. Ela estava embaixo de sua mesa tentando alcançar a tomada que ficava num lugar não muito acessível, quando ela ouviu a batida na porta. Ao tentar sair de sua posição Letícia virou rápido demais dando um jeito em suas costas e batendo com força a cabeça no tampo da mesa.

– Droga! Quem é?

– Dona Letícia?

– Sim, sim Sophia, entre.

A governanta entrou um pouco embaraçada pela recepção, mas logo entendeu o que acontecera.

– A senhora está bem?

– Sim, estou sim – disse Letícia esfregando um ponto em suas costas. – Foi só um mal jeito, já vai passar. O que você queria me dizer?

– A avó de Dona Alexia está aí. Ela veio ver a senhora e dona Alexia, mas eu não sei onde ela está. Eu já pedi aos rapazes para procura-la.

– Alexia tem uma avó? Eu nem sabia.

Ao chegar na sala Letícia se deparou com uma senhora alta de cabelos brancos e profundos olhos azuis que lembravam os olhos de Alexia. A senhora olhou para Letícia e estendeu a mão num gesto de saudação dizendo:

– Você deve ser Letícia, meu nome é Aglaia Karaolanis eu sou avó de Alexia, e você pode me chamar de vovó.

– Muito prazer Sra. Karaolanis – disse Letícia um tanto surpresa pelos modos da velha senhora e certamente aturdida por ela saber seu nome. Será que ela também sabia qual era seu papel na vida de sua neta?

– Me chame de vovó. Você está vivendo com a minha neta, não está? Então eu acredito que você possa me chamar de vovó.

Letícia corou até a raiz dos cabelos tendo suas dúvidas silenciosas respondidas e pelo jeito natural da mulher ao se referir a sua provável relação com Alexia.

– Ah! Vocês jovens acham que por sermos velhos nós não entendemos desses assuntos, não é? Pois saiba mocinha, que esse tipo de coisa acontece desde o inícios dos tempos, e embora hoje em dia seja uma assunto um tanto mais livre em minha época isso também existia. E para sua informação eu não tenho absolutamente nada contra, se bem que eu ache que meu falecido marido está dando voltas em sua tumba desde que Alexia resolveu assumir não só os seus negócios como também sua sexualidade. – Disse a senhora com um risinho abafado – Mas onde está minha neta? Eu queria saber por que ela não a levou até minha casa para que eu a conhecesse. Ela sabia que eu estava curiosa por conhecer essa rara mulher que fez minha neta esperar por tanto tempo...

– Alexia já está vindo. – “Tanto tempo? Que tanto tempo?” pensou a moça com curiosidade. – Nós chegamos há poucos dias e Alexia teve que passar alguns dias no continente resolvendo alguns problemas...

– No meio de sua “lua de mel”? Eu preciso urgentemente dar alguns conselhos a minha neta! Onde já se viu viajar no meio de uma lua de mel?!

Letícia literalmente não sabia mais para onde olhar de tão encabulada que estava se sentindo diante desta senhora de modos e pensamentos tão abertos. E ela também não sabia o que dizer. O que ela poderia dizer dessa situação toda que estava vivendo? Foi com um enorme alívio que ela ouviu a voz grave de Alexia vindo calma de algum ponto atrás dela.

– Vovó que prazer ver você! Espero que você não esteja assustando Letícia com os seus modos! – Disse ela com um sorriso e se encaminhando para a velha senhora e abraçando-a em seguida.

– Eu senti sua falta querida!

– Eu também senti sua falta vovó! Mas agora eu acho que nós vamos passar um tempo maior por aqui e teremos muitas oportunidades de nos encontrar. – virando-se para Letícia, Alexia continuou – Vovó mora do outro lado da ilha, ela passeia pela ilha toda com sua charrete.

Alexia sentou-se ao lado de Letícia, e esta não pode deixar de se sentir extremamente aliviada. Agora que Alexia estava ali, ela iria cuidar das coisas. Suas costas continuavam queimando no local onde dera o mal jeito e ela mal via a hora em que pudesse se deitar um pouco para ver se a dor e a queimação passavam.

A velha senhora continuou conversando com Alexia por algum tempo, mas logo se levantou e disse:

– Bem, já está na minha hora. Eu vou deixar vocês a sós pois acho que  vocês devem estar preferindo aproveitar bastante. E não deixem de ir me ver quando tiverem um tempinho.

Ao chegar na porta envidraçada Letícia soltou um gritinho ao ver o burrico que puxava a charrete da velha senhora.

– Que gracinha! Eu adoro animais! Eu tive um cachorro uma vez mas tive que me desfazer dele quando fui para o internato. Eu o adorava e ele me seguia por todos os lugares. – Disse Letícia enquanto se atracava no pescoço do pequeno animal.

Alexia e sua avó trocaram um olhar significativo, mas não falaram nada. A velha senhora apenas abraçou sua neta e Letícia logo em seguida, desejando a elas felicidades.

Letícia voltou para a sala esfregando as costas sem se dar conta que Alexia estava bem atrás.

– O que houve com suas costas?

Letícia se assustou um pouco e respondeu: – Não foi nada! Eu estava tentando ligar o computador na tomada e acho que dei um mal jeito. Eu vou me deitar um pouco para ver se passa.

Alexia segurou a mão da moça e disse:

– Venha comigo!

continua no Capítulo II parte 7 qcua11

 

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